O que me faz prosseguir em conhecer

JESUS FUNDAMENTO DA ESPERANÇA CRISTÃ

14/10/2016 11:22

Percebemos em Jesus o eschaton presente na história, sendo por tanto o seu significado último. Nessa perspectiva, podemos então afirmar de onde vem a nossa esperança. De fato, vem tanto da história de Jesus como também do futuro escatológico que se antecipou em sua ressurreição. Antecipação como evento escatológico .

Trata-se de uma esperança que nos faz crer em um futuro garantido que perpassa a temporalidade humana, pois na ressurreição de Jesus temos firmada a garantia da nossa ressurreição também.

Contudo, essa certeza tem que vir imbuída de responsabilidades que digam respeito a compartilhar dessa boa nova com o mundo. A igreja não é o alvo isolado da obra salvífica de Deus. O alvo é que o Reino de Deus seja estabelecido, em plenitude, sobre toda a criação.”

Não cabe mais o isolamento das pessoas em si mesmas, ou em suas comunidades de fé, como sendo essas elementos exclusivos da salvação de Deus.

A ressurreição de Jesus é para nós a razão última e a força diária de nossa esperança: o que nos alenta para trabalhar por um mundo mais humano, segundo o coração de Deus, e o que nos faz esperar confiantes sua salvação. Em Jesus ressuscitado descobrimos a intenção profunda de Deus confirmada para sempre: uma vida plenamente feliz para toda criação, uma vida libertada para sempre do mal. A vida vivida a partir de sua Fonte.

 

Moltmann diz que “a esperança cristã é uma esperança de ressurreição e demonstra sua verdade pela contradição entre o presente e o futuro por ela visualizado, futuro de justiça contra o pecado, de vida contra a morte, de glória contra o sofrimento, de paz contra a divisão.”

Mas percebemos que também é norteadora de perspectivas de mudanças concretas para tantos quantos vivam o presente de forma desanimadora, por conta de suas condições de desesperança em que dias melhores possam vir.

Daí então, temos descortinado nosso entendimento, e abertos os nossos olhos ao significado dessa esperança, que de forma maravilhosa – em Jesus – está relacionada e aperfeiçoada na chegada do Reino de Deus até nós, e entre nós.

Uma motivação a que ergamos “um clamor de esperança pela vinda desse reino que significará a festa da vida.

Mas essa esperança não fica como uma espécie de escapismo do presente. Pelo contrário, trata-se de uma esperança que convida a mudar o presente e agir para sua transformação.”

Uma mudança de características, de condições, de aparência. Uma mudança de sentidos, capaz de conferir à vida um novo sentido.

De fazer fluir de nosso interior o melhor de Deus que possuímos desde a criação: de fazer viva e visível a nossa Imago Dei

Concomitantemente a esse fluir de Deus em nós, está nossa reumanização, nossa fé e nossa esperança.

Em um contexto mais cristão, está ocorrendo a nossa santificação, pois isso não significa outra coisa do que nos tornarmos semelhantes a Cristo, e nesse sentido, nos engajarmos no projeto de Deus para transformação do mundo e consequentemente sua salvação.

Enviados pelo Espírito, devemos abdicar de todo individualismo que possa ter sido nossa característica até então. “

Devemos ser redimidos com o mundo, e não do mundo. A experiência cristã do Espírito não nos desvincula do mundo. Quanto maior for nossa esperança pelo mundo, maior a nossa solidariedade com seus clamores e sofrimentos.”

Então, podemos concordar com quando diz que “o Reino de Deus é uma realidade que o próprio ser humano faz, inspirado pelo amor.”

Eis aí nossa escatologia, eis aí nossa esperança. “Escatologia integral é a teologia da esperança que, não nos decepciona, porque Deus derramou o seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que Ele nos concedeu.”

 

 

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