O que me faz prosseguir em conhecer

AINDA É TEMPO DE SALVAÇÃO

14/06/2016 22:56

Rm 1:16,17

O texto que acabamos de ler é muito incisivo, muito forte, muito direto e algumas vezes temos a oportunidade de ouvi-lo, de falar a respeito dele, mas eu acredito que sobre a ideia de salvação este texto torna-se importantíssimo, porque aqui nós vemos algumas coisas, alguns detalhes que nos ajudam a entender alguns caminhos, algumas escolhas, algumas atitudes que devemos ter, tomar e até mesmo como ver a nossa participação dentro do plano de salvação de Deus, e se formos mais específicos, pensarmos até mesmo a ideia de fé, ou que entendemos por fé, ou que entendemos por vida cristã.

Observando o texto nós percebemos que a fé cristã tem alguns detalhes, ela deve nos levar a pensar algumas coisas e estas coisas devemos cultivar, a materializar, a agir, é vida.

Não está no âmbito das discussões teológicas, filosóficas, no sentido subjetivo dessa ideia, mas tem haver com a materialização de vida na vida, com fazer, com agir.

O evangelho, se você observar nos quatro primeiros livros, a salvação proposta por Jesus é lida, é vista, é lembrada a partir da prática da vida. E se o evangelho é vida e a vida cristã é viver o evangelho, a pergunta que faço hoje é: que vida cristã você, eu devemos cultivar. Aprofundando, o que seria viver a vida cristã na sua profundidade, potencialidade salvífica?

É sobre isso que vamos conversar.

 

A vida cristã deve ser cheia de uma certeza de salvação que nos faça agir.

O mundo evangélico não é o mundo do evangelho de Jesus. É  isso mesmo que estou dizendo.

É impressionante o quanto que o Evangelho de Jesus assusta as igrejas.

Vejamos: Jesus sentava à mesa com prostitutas, ladrões, pessoas odiadas e Ele mesmo era odiado por isso. Essa era a prática do Evangelho Dele. E se não me envergonho do Evangelho, qual é o Evangelho que tenho que praticar? Que salvação devo proclamar?

A salvação que somos chamados, a proclamar deve ser no sentido de mostrarmos ao mundo que o mundo nos interessa, que as pessoas nos interessam, que queremos o bem dessas pessoas e, se for possível, gastaremos tempo, dinheiro, e até nossa história por essas pessoas.

Tiago 2:26 diz que a fé sem obras é morta. É morta porque não gera carne, porque é soprada no ar e se perde.

A fé quando é viva se materializa na vida, gerando transformações na história de vida de pessoas que nos cercam e são impactadas, transformadas, tocadas, sensibilizadas por essa fé que dizemos ter e, nesse sentido, são salvas porque veem em nós a alegria da salvação.

A igreja com poder não é a que faz mais barulho, que junta mais gente. A igreja com poder é aquela que tem uma fé viva, que se mostra na história de salvação que ela proclama.

Devemos ser igreja no sentido de uma fé viva, que leve em consideração a potencialidade de uma vida transformada e o quanto isso pode transformar alguém.

De fato, Deus nos convoca para ressuscitarmos nossa fé e, se for preciso,  reexperimentarmos a alegria da salvação.

Não uma fé apologética, para ficarmos discutindo com os outros. Mas uma fé que se materialize nas práticas.

Por isso que afirmo: se somos 50 milhões de evangélicos e nosso pais está como está, é porque nosso mundo evangélico não é do Evangelho de Jesus.

Assim, antes de dizer que somos evangélicos, vivamos o verdadeiro Evangelho.

 

A vida cristã deve ser cheia de uma certeza de salvação que revele quem somos.

O olhar do outro me revela quem sou. Pergunte a alguém que professe outra fé, outra religião, como ele lhe vê.

A melhor maneira de você viver a sua fé é sendo reflexo de Cristo. É mostrar ao mundo a alegria da salvação que deve haver em você. Com sua vida, suas ações.

Se nossas ações pudessem falar, o que diriam a nosso respeito? É possível ver a salvação em nós?

A linguagem, o falar que crer, não tornando esse falar em vida, não materializando esse falar na história de alguém e na sua própria história, é com o se esse falar não tivesse sentido nenhum, é vazio.

Não são as palavras que dizem se somos ou não somos salvos.

Não são nossos louvores, nossos discursos, mas sim a operatividade de nossa fé.

Nosso discurso tem operado o quê?

Tem incidido no que?

Tem transformado o que?

Tem atingido quantas pessoas no sentido de suas vidas?

Se deixarmos nossa vida entrar na rotinização do cotidiano, acabamos acreditando que basta entrar e sair da igreja nos cultos. Que o movimento de salvação é apenas isso.

Vou a igreja porque sou salvo, ou pior, sou salvo porque vou a igreja. Extra ecclesiam nulla salus.

Vamos repetir jargões: Eu sou a Batista, eu sou a Assembléia.

Não: eu sou de Jesus, e Ele é meu. Por isso:

Devemos entender que a salvação começa na vida.

Se preocupar com a salvação de alguém diz respeito a se preocupar primeiramente com sua vida.

Promover a salvação de alguém passa por promover vida.

E de dar sentido a minha vida a ponto de minha vida alcançar outras vidas.

E a pergunta que fica: qual tem sido a operatividade da minha vida, da minha fé, da alegria da salvação em mim?  

 

A certeza de salvação se manifesta na esperança em sermos como Ele é.

O cristianismo, o evangelho se transformou num conjunto de verdades e dogmas nas quais a gente acredita, que se diferenciam.

O que Paulo está dizendo é que o evangelho é uma pessoa com quem a gente se relaciona. É Jesus.

Que toda vez que alguém chegar para você e dizer que tem dentro de você tudo o que precisa para ser feliz, você diga: sai satanaz.

Porque você não tem, eu não tenho. Foi o que disse Paulo: Filip. 4:13.

Não podemos transformar o evangelho, a salvação em um conjunto de leis, dogmas, preceitos morais, recompensas materiais apenas.

O evangelho é Jesus ressurreto, nos convidando para nos deixarmos levar por Ele para alem dos limites de nossa finitude e em termos finais, a vitória sobre a morte na ressurreição.

E esse poder que há de nos ressuscitar está a nossa disposição hoje, o poder da ressurreição, que nos faz sentir a alegria da salvação.

Eu não estou mais entre os homens que querem ser grandes. Eu estou entre os homens que se reconhecem fracos. Que caem de joelhos e clamam por misericórdia e reconhecem como Pedro: Senhor, a quem iremos?

Eu sei que teu poder da ressurreição pode agir na minha vida. Não está em mim, vem de fora até mim.

Vem em meu socorro para fazer de mim o homem que eu estou destinado a ser.

A salvação em termos simples é nós cairmos aos pés de Jesus e reconhecermos que Ele é Deus encarnado, o filho de Deus.

Reconhecermos que a partir de agora, pelo poder da ressurreição que atuou Nele, começar a transformar a nossa vida, e a querermos transformar outros também.

O evangelho é dizermos: Senhor Deus, nós não damos conta da existência, de nós mesmos. Sabemos que não somos tudo que devemos, podemos e estamos destinados a ser.

E clamamos que o teu poder, que ressuscitou Jesus dentre os mortos atue em nós.

Quem somos nós aqui? Somos homens e mulheres que chegaram a Jesus no limite do desespero da finitude e dissemos: miseráveis que somos. Quem nos fará vencer e superar a  morte?

Ouvimos de Jesus e Ele nos disse: Eu. Me dê sua mão. Você vai superar a morte porque eu venci a morte e você vencerá comigo.

Talvez você diga: eu não cheguei ao desespero, angustia da morte. Não me considero um miserável. Vou te dizer 3 coisas.

·         Você não se conhece. Terêncio disse: sou humano, nada do que é humano me é estranho. Sei o que é ódio, rancor, mentira, traição, desejar mal a alguém, sei o quão mau o ser humano pode ser. Se não chegou ao ponte de dizer miserável homem que sou... não se conhece. Está alienado de você mesmo.

·         Se não chegou a esse ponto, você não conhece a Deus. Quando Ele se manifesta a nós isso vem com um peso de glória que é insuportável.

·         Você não conhece o evangelho, que vai buscar você no desespero e te traz da morte para a vida. Que você deixa de ser criatura para se tornar um ser humano de verdade. Você não experimentou o poder do evangelho, o Cristo ressurreto ainda não conheceu.

É disso que Paulo fala: eu não me envergonho de Jesus Cristo, do Cristo ressurreto, porque ele é o poder de Deus para me salvar, da minha miserabilidade, da minha condição humana. Começa me salvando aqui, de mim mesmo,  e um dia em definitivo a salvação eterna com Ele.

Termino: 1ª João 3:2

Esse é o evangelho em que digo: já dei um salto de fé e me entreguei prá Jesus e hoje sou um filho de Deus.

O poder da ressurreição já atua em mim, mas ainda não sou tudo que estou destinado a ser, mas um dia serei, serei semelhante a Ele, vencerei a morte com Ele.

Essa é minha esperança e minha certeza.

Efesios 1:18,19

Também é a minha oração.

Ainda é tempo de salvação. Com certeza. Inclusive para você.

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